Grande Vitória tem redução de 33% nos casos de feminicídios em 2022

Os casos registrados de feminicídio na Grande Vitória apresentaram uma redução de 33% no ano de 2022 – o que coloca o resultado como o segundo melhor desde o ano de 2016. Os dados fazem parte das ações da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM) e foram divulgados pela Polícia Civil do Estado, na manhã desta segunda-feira (16). Ao todo, 72 inquéritos policiais foram instaurados e concluídos e 60 prisões foram realizadas. Em 2022, 10 casos foram registrados. Já em 2021 esse número foi maior, chegando a 15 casos.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), o município da Serra encerrou o ano de 2022 sem nenhum registro de feminicídio, enquanto em Vila Velha registrou dois casos, seguido por Guarapari com um, Cariacica e Viana com dois casos e Vitória, com três.

A delegada titular da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher, Raffaella Aguiar, destacou que o ano de 2022 foi exitoso, com a expressão redução dos números de feminicídio e ressaltou ainda, que todos os casos consumados e tentados, foram concluídos com indiciamento e prisão de quase todos os autores.  “Nosso maior desafio é conseguir a redução dos números, pois cada vida vale muito para nós”, disse a delegada.

Entre as principais motivações para o crime, 46% têm ligação com entorpecentes, 10% relações interpessoais, 16% conflito familiar e 23 % sem qualquer motivação. Com relação às armas utilizadas para os crimes, dos 39 casos apontados, cerca de 27 deles foram com arma de fogo e cerca de 8 crimes foram cometidos com arma branca.

Ainda de acordo com os dados, cerca de 14 vítimas apresentaram faixa etária entre 25 e 34 anos, sendo 18 delas pardas, 13 pretas e 8 são brancas.  A maioria dos crimes ocorreu em via pública em dias de domingo, seguidos pelas quintas e sextas-feiras.

Segundo a delegada, a DHPM tem se preparado ainda mais para que o número de casos seja ainda menor, com foco no combate ao tráfico de drogas e monitoramento de casos antigos, a fim de obter êxito na autoria destes crimes. “Esse é um trabalho que vem sendo desenvolvido pela Polícia Civil, que realiza prisões rápidas e qualificadas, além de mostrar à sociedade que não haverá impunidade para quem mata uma mulher”, disse a delegada Raffaella Aguiar.