7 de Setembro ainda gera repercussões no ambiente eleitoral

Especula-se muito no Brasil e no mundo sobre as repercussões dos fatos registrados no último dia 7 de setembro – data do bicentenário da Independência brasileira. Com certeza, de qualquer ângulo que se examine os fatos, sem qualquer orientação ou preferência política, estes se apresentam como inegavelmente relevantes para o ambiente eleitoral de 2022.

O fato é que os atos foram transmitidos pelas redes de comunicação, ganhando espaço dos portais de notícia no Brasil e no exterior além de, potencialmente, gerar interesse para debates por toda a campanha eleitoral. Nesse ponto é inegável que o atual presidente está em vantagem, apesar dos números mostrarem o contrário. Nessa sua candidatura à reeleição, o Presidente da República deverá capitalizar os atos, obrigando seus adversários a reagir aos temas pautados por sua campanha.

Sem dúvida, imagens das multidões registradas em Brasília, Rio e São Paulo fazem propaganda político-partidária da reeleição, reforçando a confiança dos aliados e militantes, impulsionando os apoiadores a menos de 30 dias do primeiro turno, que será em 02 de outubro.

Ainda que o Presidente tenha criado polêmicas negativas, é consenso entre os coordenadores de sua campanha que o saldo das falas foi positivo na medida em que não houve ataques diretos às autoridades judiciárias ou ao sistema eleitoral – evitando eventual reposta institucional que poderia afetar sua popularidade.

Em resumo, os atos de 7 de setembro acabaram por alavancar a candidatura a reeleição na medida em que a grande presença popular, ainda que represente uma fração do eleitorado, traduz para o grande público a impressão de que as pesquisas podem não estar conseguindo captar o sentimento de uma parcela da população, e, portanto, não espelhariam a real posição de cada candidato.

Certeza mesmo somente teremos no dia 2 de outubro. Até lá, as imagens das concentrações servem para dar uma sensação inegável de crescimento da candidatura.