Na manhã desta quarta-feira (30), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), em colaboração com a Corregedoria da Polícia Militar e o Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, deflagrou três operações simultâneas: Operação Argos, Operação Iris e Operação Lúmen. As ações visam investigar um esquema criminoso envolvendo policiais militares.
As operações ocorreram de forma coordenada nas cidades de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, resultando no cumprimento de 6 mandados de prisão preventiva e 8 de restrições cautelares contra policiais militares. Além disso, foram executados 31 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de afastamento cautelar da função pública, junto com medidas de indisponibilidade de bens.
Os mandados foram deferidos pelos Juízos da Auditoria Militar e da 2ª Vara Criminal de Vitória, em resposta a requerimentos do MPES, que investiga 22 pessoas, sendo 15 policiais militares e 7 civis.
As investigações, que tiveram início em 2025, revelaram evidências de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e agiotagem.
Os elementos colhidos até o momento indicam que policiais militares estariam recebendo propina em troca de proteção a membros de facções criminosas, além de comercializarem drogas desviadas de apreensões policiais e ocultarem recursos por meio de intermediários.
As medidas cautelares visam interromper o esquema criminoso, preservar provas e garantir a responsabilização penal e patrimonial dos envolvidos. Participaram das investigações 10 Promotores de Justiça e cerca de 120 Policiais Militares do serviço correcional e da Assessoria Militar do MPES.
As investigações seguem sob sigilo judicial, e novas informações não podem ser divulgadas no momento.